Foto: Camila Schäfer – ASCOM DPE/RS
A Polícia Civil finalizou o inquérito sobre o incêndio na Pousada Garoa, em Porto Alegre, que deixou 11 mortos e 14 feridos em abril deste ano. Três pessoas foram indiciadas por incêndio culposo: André Kologeski da Silva, proprietário da pousada; Cristiano Atelier Roratto, presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc); e Patrícia Mônaco Schüler, fiscal de serviços da fundação.
Principais apontamentos do inquérito:
- Condições precárias: Segundo o delegado Daniel Ordahi, a pousada apresentava severas irregularidades estruturais e de segurança, incluindo a ausência de um Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI).
- Responsabilidade da Fasc: A fiscalização contratual da Fasc foi considerada insuficiente, com problemas não relatados durante as inspeções periódicas.
- Descartada hipótese de incêndio criminoso: A investigação concluiu que não houve ação deliberada para iniciar o fogo. A origem das chamas não foi identificada, mas o ponto de início foi localizado entre os quartos 31 e 32, próximo à escada metálica.
- Impacto na investigação: A conclusão do inquérito foi atrasada devido à enchente de maio e à necessidade de revisões no laudo pericial.
A pousada tinha adaptações irregulares, como divisões precárias de salas e instalações elétricas inadequadas, incluindo “gatos” para puxar energia.
O inquérito foi enviado ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, que decidirá sobre as denúncias. A prefeitura de Porto Alegre divulgou relatórios apontando problemas em outras unidades da rede Garoa, incluindo falhas estruturais, elétricas e ambientes insalubres
A Fasc declarou que se manifestará após ser oficialmente informada.