Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Guaíba encerrou o inquérito que investigava o padre Diego da Silva Correa por suspeita de estupro de vulnerável. O religioso, preso preventivamente desde 9 de dezembro, foi formalmente indiciado pelo crime.
A apuração teve início em outubro, quando uma familiar de uma menina de 10 anos registrou ocorrência relatando possível abuso sexual praticado pelo padre. Na época, ele atuava na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guaíba.
De acordo com o delegado Fabiano Berdichevski, responsável pela investigação, testemunhas relataram comportamentos suspeitos, como o padre passeando de carro com a criança sem a presença de outros adultos, atitude proibida pela Igreja. Além disso, havia relatos de que a menina pernoitava na casa paroquial.
Durante o depoimento, Diego negou as acusações, mas admitiu ter uma relação próxima com a família da vítima, justificando que fornecia ajuda financeira.
Em buscas na casa de Diego, foram encontrados dois pendrives com material de pornografia infantil. Além disso, após a notícia da prisão, outra jovem buscou a polícia para denunciar um caso de abuso por parte do homem, em 2020, quando ela tinha 13 anos.
O padre também foi indiciado em outro inquérito, em relação ao conteúdos dos pendrives, com base no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê o crime de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou qualquer registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
A conclusão do inquérito foi encaminhada à Justiça, enquanto o padre permanece detido à disposição das autoridades judiciais.