Foto: Divulgação/PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Erga Omnes para investigar crimes relacionados à Justiça do Trabalho de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Entre as suspeitas estão peculato, corrupção passiva, violação de sigilo funcional e formação de associação criminosa.
A ação cumpriu dez mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e uma medida cautelar de afastamento do cargo. Um juiz foi afastado de suas funções, enquanto dois leiloeiros judiciais foram presos. As ordens foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e contaram com o apoio da Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4).
As investigações tiveram início após uma inspeção extraordinária realizada pela Corregedoria na Justiça do Trabalho de Canoas. Foi descoberto que dois grupos de leiloeiros judiciais atuavam em fraudes relacionadas a execuções trabalhistas, com arrematações irregulares e apropriação de valores provenientes de hastas públicas.
O esquema era protegido pelo juiz investigado, que, em troca, recebia vantagens indevidas. Entre os benefícios estavam o pagamento de despesas pessoais, como faturas de cartão de crédito, financiamentos imobiliários e taxas condominiais. De 2022 a 2024, foram identificados mais de R$ 1 milhão em pagamentos de boletos bancários realizados pelos envolvidos.
A PF reafirma seu compromisso em investigar e punir condutas ilícitas que comprometam a integridade do sistema judicial.