Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Um estudo do Instituto de Geociências (IGeo) da UFRGS e do Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia (CEPSRM) revelou um megadesastre causado por deslizamentos em consequência das fortes chuvas entre abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul.
A pesquisa mapeou 18 mil km², identificando 16.862 pontos de ruptura, com destaque para Caxias do Sul, com 656 cicatrizes, e Veranópolis, com 636.
Os dados foram detalhados em nota técnica em 29 de outubro e abrangem as bacias hidrográficas Taquari-Antas, Caí, Sinos, Pardo, e os rios Jacuí e Vacacaí-Mirim, afetando 150 municípios na Região Hidrográfica do Guaíba. Esse megadesastre já é considerado o mais grave do Brasil, superando o evento de 2011 no Rio de Janeiro.
O estudo oferece subsídios para a gestão de riscos, sugerindo medidas de prevenção, como:
- Contenção e drenagem em áreas agrícolas;
- Zoneamento de áreas de risco;
- Capacitação de profissionais locais em gestão de riscos;
- Desenvolvimento de sistemas de alerta para preparar a população.
“Estabelecer medidas de adaptação ao risco nessas regiões é essencial para minimizar impactos em futuros eventos extremos,” disse o professor, Andrades-Filho.
O mapeamento, realizado por satélites e verificação em campo, está disponível no “Webmapa de movimentos de massa para equipes de apoio na situação de calamidade/2024”.