Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou uma investigação contra o deputado federal gaúcho Marcel Van Hattem, após ele ter chamado um delegado da Polícia Federal de “bandido” durante um discurso no plenário da Câmara.
O motivo seria pelo delegado Fábio Alvarez Shor, ter mantido a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A investigação, conduzida pelo ministro Flávio Dino, corre em sigilo, mas o próprio deputado divulgou a informação, afirmando ter recebido uma notificação para prestar depoimento à PF.
Filipe Martins foi preso em 8 de fevereiro durante uma operação que investigava a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Após seis meses ele foi solto, sob medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de deixar o país.
No dia 14 de agosto, Van Hattem foi ao plenário da Câmara e fez duras críticas ao delegado da PF.
Na última terça-feira (15), Van Hattem reafirmou suas declarações, argumentando que não estava cometendo crime ao “chamar um covarde de covarde” e “um bandido de bandido”. Ele também acusou o delegado de agir fora da lei, ao criar “relatórios fraudulentos” para manter Filipe Martins preso ilegalmente.
“O ministro diz que estaria comentendo crime contra a honra ao chamar um covarde de covarde. Um bandido de bandido. Porque é isso o que policial é ao atuar à margem da lei; Fábio Alvarez Shor, que cria, sim, relatórios fraudulentos para manter preso Filipe Martins ilegalmente.”, disse