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Autoridades do Rio Grande do Sul descobriram que a ordem para um atentado durante um comício do PT na cidade de Bagé foi emitida da prisão. O detento Tiago Ferreira, cumprindo sentença de 321 anos por uma série de crimes graves, usou um telefone móvel para organizar o ataque a partir da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.
Segundo a investigação, o objetivo do ataque era coibir a campanha de candidatos não endossados pelo grupo criminoso de Ferreira, com o intuito de manipular o resultado eleitoral.
O responsável pelos tiros foi rapidamente identificado, mas encontrado morto posteriormente, em um caso que levanta suspeitas de tentativa de encobrir a conexão com o crime organizado.
Apesar de não terem sido divulgadas informações sobre como o celular entrou na instituição de segurança máxima, as autoridades confirmaram que o dispositivo foi confiscado e mensagens trocadas entre Ferreira e uma postulante ao cargo de vereadora foram interceptadas.
O incidente ocorreu em 15 de setembro, enquanto Luis Fernando Mainardi, candidato do PT à prefeitura, discursava para seus apoiadores. Mainardi saiu vitorioso no domingo de eleição. Para diminuir riscos futuros, Ferreira foi transferido para outra prisão equipada com bloqueadores de sinal telefônico.