Foto: José Barros de Lima
Um projeto em relação ao Estádio Olímpico foi apresentado nesta semana, propondo a transformação do histórico estádio em uma área mista de uso comercial e residencial.
Concebido pelos arquitetos José Barros de Lima e Remi Acordi, o projeto pretende manter vivas as lembranças do palco gremista, enfatizando que os templos do futebol pertencem à história, não a proprietários. Desde 2012, quando o Grêmio mudou-se para a Arena, o Olímpico foi deixado de lado, e agora busca-se revitalizar esse espaço icônico.
Viabilizar esse projeto, contudo, apresenta desafios significativos, envolvendo múltiplos atores financeiros, como OAS, Santander, Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, BNDES e a Caixa Econômica Federal. Esses entrelaçamentos financeiros e jurídicos complicam a execução do projeto, especialmente devido às negociações não concluídas sobre a troca de propriedades entre o Olímpico e a Arena.
A situação é agravada pelo fato de que a superfície da Arena ainda está alienada como garantia de financiamento, o que impede a transferência livre de ônus. Especialistas apontam que mesmo a futura gestão do estádio pelo Grêmio em 2032 pode estar em risco, podendo encontrar a Arena em estado de degradação.
A complexidade das negociações e a falta de interesse da construtora Metha (antiga OAS) em resolver as pendências criam um cenário incerto para o projeto, o que demanda um esforço conjunto e coordenado de todos os envolvidos para assegurar que a transformação do Olímpico em um vibrante espaço urbano se torne realidade.