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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou os pais de Kerollyn Souza Ferreira, cujo corpo foi encontrado em um contêiner de lixo em Guaíba, acusando-os de contribuir de diferentes maneiras para a morte da criança.
Um mês após o trágico falecimento, Carla Carolina Abreu de Souza, mãe de Kerollyn, foi indiciada por maus-tratos resultando em morte e violência psicológica. O pai, Matheus Lacerda Ferreira, que reside em Santa Catarina, foi indiciado por abandono material e também por violência psicológica.
O caso, que agora tramita sob sigilo no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul devido a acessos indevidos aos autos do processo, revelou um histórico de negligência e abuso que, segundo investigações, culminou na morte da criança. O delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil local, destacou que os maus-tratos reiterados pela mãe e a negligência financeira do pai foram decisivos no trágico desfecho.
O processo foi enviado à justiça, com a Promotoria de Guaíba à frente, que pode optar por formalizar a denúncia ou requisitar investigações adicionais.
Thais Constantin, advogada de Carla, criticou a condução das investigações, argumentando que a linha investigativa foi única e limitada, e questionou a ausência de acusações diretas de homicídio. Por outro lado, José Luiz Aveline Zanella, advogado de Matheus, se opôs ao indiciamento, marcando a posição da defesa contra as acusações da Polícia Civil.