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A Petrobras confirmou nesta semana que firmou 26 contratos de concessão do 4º Ciclo de Licitações da Oferta Permanente, relativos a áreas adquiridas na Bacia de Pelotas, em parceria com a Shell, durante a sessão pública promovida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em dezembro de 2023. No consórcio, a Petrobras será a operadora principal, com uma participação de 70%, enquanto a Shell deterá os 30% restantes.
Além dessas áreas, a Petrobras também arrematou outros três blocos em parceria, cujos contratos serão assinados posteriormente, conforme o cronograma da ANP. A assinatura desses acordos está em linha com a estratégia de longo prazo da Petrobras, que visa diversificar seu portfólio e fortalecer sua posição como principal operadora de campos de petróleo em águas profundas e ultra profundas, contribuindo para a recomposição de reservas futuras.
A Bacia de Pelotas, localizada no extremo sul da margem continental brasileira, ocupa uma área submersa de 346.873 km² até o limite territorial de 200 milhas náuticas, abrangendo também uma área emersa de aproximadamente 40.900 km² do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Geograficamente, a bacia se estende desde o Alto de Florianópolis, ao Norte, até a fronteira com o Uruguai, onde continua até o Alto de Polônio.
E agora?
Antes de iniciar a exploração, será necessário realizar estudos detalhados da área e complementar os dados já disponíveis. Este processo começa à distância, envolvendo o levantamento sísmico, que será executado caso os estudos iniciais indiquem a possibilidade de reservas significativas de petróleo.
Se os resultados confirmarem o potencial, a perfuração do subsolo marinho será a etapa seguinte, determinando a viabilidade econômica da jazida. Entretanto, também existe a possibilidade de os estudos indicarem que a reserva não é grande o suficiente para justificar novos investimentos. Nesse caso, a Petrobras pode optar por devolver a área.