Foto: Divulgação/UFPel
O processo eleitoral da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ainda em andamento com aguardo do segundo turno, recebeu nesta semana uma nova denúncia de racismo, a segunda na eleição deste ano. O caso de injúria, desta vez, teria tido como alvo o candidato a reitor Gilson Porciuncula, integrante da chapa Raízes e do movimento UFPreta.
O caso envolve um comentário realizado através do Youtube durante a transmissão do debate dos candidatos. Este partiu de um perfil, sem foto, que publicou o comentário: “eu não quero uma UFPel preta, eu quero uma multi!“.
Em um vídeo divulgado através das redes sociais da chapa nas últimas horas, Júlio Araújo, estudante de Direito e integrante do movimento UFPreta, afirmou que o grupo teria identificado o autor da fala e que tomará medidas. “Nós identificamos na tarde de hoje [referindo-se a segunda-feira] a pessoa que fez esses comentários lamentáveis que a gente viu e que nós estamos estarrecidos diante de tamanho preconceito, principalmente dentro de uma universidade. Infelizmente cabe-nos ressaltar que esse comentário lamentável veio de uma pessoa que é servidora da UFPel e que nós estamos tomando as medidas necessárias para que essa pessoa seja punida, tanto do ponto de vista legal, jurídico e penal, quanto do ponto de vista administrativo“, disse.
No dia 2 de setembro, o primeiro caso de racismo durante o processo eleitoral foi denunciado. Este teria como vítima o professor Eraldo Pinheiro, candidato à reitoria pela chapa UFPel Multi, que aponta uma apoiadora da chapa Frente Ampla como responsável pela reprodução de termo racista “capitão do mato” em algumas oportunidades. No dia da denúncia, a UFPel Multi afirmou que Eraldo tomaria medidas judiciais em relação à denúncia-crime sobre o caso.