Foto: Arquivo Pessoal
O médico João Batista do Couto Neto, investigado por mortes e lesões em pacientes, foi preso novamente nesta terça-feira (10), em Novo Hamburgo. Ele é suspeito de causar a morte de 42 pacientes e de lesionar outros 114. O médico havia sido indiciado por homicídio doloso em três inquéritos e retornou à prisão por descumprir medidas cautelares estabelecidas pela Justiça.
João Couto já havia sido preso em dezembro de 2023, mas foi solto após conseguir um habeas corpus. Agora, sua prisão preventiva foi decretada novamente, a pedido do Ministério Público. Segundo a Polícia Civil, a captura foi realizada em cumprimento a essa nova ordem judicial.
A defesa do médico, representada pelo advogado Brunno de Lia Pires, classificou a prisão como “arbitrária”, afirmando que Couto estava cumprindo todas as medidas impostas, incluindo a proibição de exercer a medicina. O advogado destacou que o médico não havia deixado a comarca de Novo Hamburgo e pretendia reverter a prisão no Tribunal.
João Couto é investigado por realizar até 25 cirurgias em um único plantão, muitas delas no Hospital Regina, em Novo Hamburgo, onde alugava o centro cirúrgico. As investigações começaram após denúncias de 15 pessoas sobre supostos erros médicos, com casos que remontam a 2010. A polícia apura 156 ocorrências, incluindo 42 mortes relacionadas a complicações como dilacerações de órgãos e perfurações no intestino.
Após as investigações no Rio Grande do Sul, Couto foi trabalhar em São Paulo, onde atuou em hospitais até ser preso. Ele usava o nome João Batista em São Paulo, mas é conhecido como João Couto Neto em Novo Hamburgo.