Foto: Miguel Scapin
O Rio Grande do Sul tem enfrentado mudanças na qualidade do ar, com a invasão de fumaça oriunda de incêndios florestais em outras áreas do país. Esse fenômeno tem tornado o céu mais opaco e dado ao horizonte tonalidades avermelhadas ao anoitecer, segundo observações de especialistas.
Em entrevista para o GZH, Francisco Aquino, climatologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que este cenário desolador é fruto de uma combinação de condições climáticas adversas, incluindo baixa umidade, ondas de calor e bloqueios atmosféricos que impedem a dispersão dos poluentes. Ele adverte que essas partículas suspensas podem até mesmo ser observadas na água da chuva, que poderá apresentar uma coloração atípica.
“Quem capta a água da chuva vai identificar a água com a coloração diferente com o material depositado junto”, diz o climatologista.
A situação é agravada pela previsão de mais calor e seca prolongada nas regiões centro-oeste e norte do Brasil, o que pode manter o corredor de fumaça ativo nos próximos meses. Esse fenômeno não apenas compromete a qualidade do ar, mas também eleva os riscos à saúde da população.