NASA/Divulgação
A comunidade astronômica está em grande expectativa pela chegada do Cometa C/2023 A3, apelidado de “cometa do século“, que promete ser um espetáculo no céu noturno. Descoberto inicialmente em 9 de janeiro de 2023 pela equipe da Estação XuYi na China, e mais tarde identificado também pelo Projeto ATLAS na África do Sul, este cometa tem chamado a atenção devido às suas características únicas e potencial de visibilidade.
Inicialmente percebido como um objeto asteroidal, o cometa mostrou atividade cometária em imagens de arquivo, o que atraiu ainda mais o interesse científico. Desde então, observações em vários locais, incluindo o Observatório SONEAR em Oliveira, Minas Gerais, confirmaram suas características cometárias com um brilho que chegou a 18ª magnitude em fevereiro de 2023.
Visibilidade e Expectativas de Brilho
No Brasil, a última vez que um cometa foi observado com brilho intenso foi em abril de 1997 com o Cometa Hale-Bopp. Agora, o Cometa C/2023 A3 deverá ser visível no Brasil durante as manhãs da segunda quinzena de setembro de 2024, movendo-se da constelação de Sextante para a de Virgem. As previsões mais otimistas, baseadas em parâmetros orbitais do Minor Planet Center, sugerem que o cometa pode atingir um brilho entre as magnitudes 0 e +1 no início de outubro de 2024. Para fins de comparação, uma magnitude +1 é como o brilho da estrela Antares, aquela estrela vermelha na constelação de Escorpião. No entanto, previsões mais cautelosas apontam para um brilho máximo de cerca de magnitude 3.
Fatores Críticos e Proximidade da Terra
O periélio do cometa, seu ponto mais próximo do Sol, ocorrerá em 27 de setembro de 2024, a uma distância de 0,39 ua (aproximadamente 58 milhões de km). Entre 1º e 8 de outubro, ele deve alcançar seu brilho máximo, embora esteja em elongações inferiores a 20 graus do Sol, o que pode dificultar sua observação. Em 12 de outubro, o cometa passará o mais próximo da Terra, a uma distância de cerca de 0,47 ua (aproximadamente 71 milhões de km).
O Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) representa uma oportunidade excepcional para astrônomos amadores e profissionais, além de entusiastas das ciências, de testemunhar um dos fenômenos mais fascinantes do nosso sistema solar.
