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Meteorologistas e hidrólogos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) trabalham com dois cenários de previsão meteorológica para Pelotas até quinta-feira (26). Segundo os especialistas, um deles, considerado mais ameno, indica entre 150 a 200 milímetros de chuva até quinta, gerando o acumulado em torno de 300 milímetros. O outro, mais intenso, prevê chuvas volumosas, com possibilidade de acumulados superiores a 400 milímetros, no mesmo período.
“Ambos são muito impactantes. É o dobro da média do mês em três dias”, avaliou a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB). “Chuva forte, intensa e persistente atrapalha a vida das pessoas. Sabemos que há locais com alagamentos pontuais, mas nossas equipes estão prontas a atuar, nosso sistema de drenagem está a pleno, com as casas de bombas funcionando, tivemos problemas de falta de energia em duas delas, Anglo e Doquinhas, por curto período de tempo, na manhã desta terça-feira, mas houve pronta resposta da CEEE Equatorial e voltaram a funcionar.”
Até a manhã desta terça-feira (24), última atualização por parte da prefeitura, haviam sido registrados 120 milímetros de chuva em 48 horas, o que provoca, conforme a prefeita, um impacto “brutal” sobre o sistema de drenagem da cidade, com alagamentos intensos, mas com escoamento rápido. Equipes do Serviço de Saneamento de Pelotas (Sanep) trabalham de forma na manutenção das sete casas de bombas do município (Anglo, Castilho, Doquinhas, Farroupilha, Leste, Olvebra e Pontal da Barra), com intervenções de limpeza e desobstrução dos canais de macrodrenagem para garantir o funcionamento adequado das estruturas.
Diante do volume expressivo de chuvas previsto, a autarquia informa que reforçou o número de servidores e equipamentos para realizar a manutenção e limpeza das grades de contenção das casas de bombas, utilizando trabalho manual e de maquinário para remover os resíduos que chegam pelos canais de macrodrenagem. Além disso, foram instaladas bombas adicionais na casa de bombas Farroupilha e, também, foi duplicada a capacidade de vazão da do Pontal da Barra, no Laranjal. Toda essa operação acelerou o escoamento das águas para o canal São Gonçalo.
Na zona rural, há trechos considerados intransitáveis, nas seguintes localidades: Cascata (Passo do Padre), Quilombo (Andrade, Santa Maria e Santa Áurea), Rincão da Cruz (estrada vinícola João Bento, Travessão Munchow e Travessão Zequinha) e Monte Bonito (Passo do Pilão, Prainha, Estrada da Barbuda e Estrada da Gama).