Foto: Divulgação/Kilombo Urbano Canto de Conexão
No último sábado (7), Pelotas se juntou a diversos municípios espalhados por todo Brasil para o 30º Grito dos Excluídos, evento que reúne diversas lideranças religiosas e movimentos sociais, e, na cidade, teve como palco o espaço do Kilombo Urbano Canto de Conexão. Durante o dia, aconteceram manifestações e apresentações artísticas, enquanto a ocupação, que mantém a maior cozinha solidária da cidade, ofereceu café da manhã e almoço. O evento encerrou com uma caminhada simbólica até o rio São Gonçalo.
Com o lema “Todas as formas de vida importam. Mas, quem se importa?”, a abertura foi feita por Reinaldo Tillmann, organizador do movimento na cidade, que destacou a importância da união com o Kilombo, especialmente após as recentes ameaças de exclusão que o local enfrentou. Segundo ele, o Kilombo é um espaço de resistência, proteção social e diálogo contra a exclusão.
Os manifestantes ergueram cartazes cobrando direitos e a valorização de todas as formas de vida, além de criticar a violência estatal e a exclusão social. Temas como educação, trabalho e acesso a recursos básicos foram abordados, com destaque para a luta contra o racismo, preconceito e a pobreza. Também houve manifestações de solidariedade com a população de Gaza e protestos contra o fascismo.
A evento contou com falas do secretário-geral do Conselho Municipal dos Povos de Terreiro de Pelotas, Leo de Oxum; do integrante do movimento Pastoral Popular Luterana, Pastor Roberto; do representante do Comitê Inter-religioso, Frei Genésio; de Iyá Sandrali, entre outros.
O dia foi marcado por um café da manhã coletivo, seguido de apresentações artísticas. No período da tarde, a ocupação ofereceu almoço tanto para os manifestantes quanto para pessoas em situação de rua, que costumam frequentar a cozinha solidária do Kilombo.
A programação se encerrou com uma caminhada até o rio São Gonçalo, liderada por movimentos sociais como a Frente Feminista 8M Pelotas. Durante o percurso, foram feitos apelos por mais igualdade e justiça, com destaque para o caso de Leandra Vitória, vítima de feminicídio, cujo crime segue sem punição há um ano.