Operação no Vale dos Sinos e Paranhana prende três pessoas e bloqueia R$ 22 milhões suspeitos de lavagem de dinheiro

Foto: Divulgação/PCRS

Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul mobilizou cerca de 250 agentes para a Operação Escobar, visando desarticular uma organização criminosa atuante nos vales do Sinos e do Paranhana.

A operação, que investiga atividades de lavagem de dinheiro proveniente de roubo, tráfico de drogas e extorsão, resultou na prisão de três indivíduos e no bloqueio de R$ 22 milhões em contas bancárias.

Cada um dos 22 suspeitos envolvidos teve R$ 1 milhão bloqueado em suas contas. Além disso, a ação policial incluiu o sequestro de 30 veículos e nove propriedades, entre residências e terrenos rurais. Os mandados de busca e apreensão, totalizando 48, e dez ordens de prisão preventiva, foram executados em várias cidades, incluindo Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapiranga, entre outras, com diligências estendendo-se até Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), a operação é fruto de três anos de investigações intensivas. As suspeitas indicam que os envolvidos serviam como intermediários, ou “laranjas”, para uma conhecida facção criminosa.

Dentre os suspeitos está um homem de 52 anos, identificado como líder do tráfico de drogas no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, e ainda foragido. A rede investigada inclui estabelecimentos comerciais que, supostamente, serviam para ocultar grandes somas de dinheiro ilícito.

Outra frente da investigação envolve uma revenda de automóveis, também em Novo Hamburgo, usada pelos membros da facção para a rotatividade de veículos como parte da estratégia de lavagem de dinheiro. A compra de propriedades de alto valor em nome de terceiros também fazia parte das táticas para dificultar o rastreamento dos fluxos financeiros do grupo.