Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br
Rochele Nunes, judoca pelotense de 35 anos, é mais um caso de atletas que precisam deixar o Brasil para conseguir viver do esporte. Vivendo em Portugal há algum tempo, ela está em Paris, onde defende os lusitanos pela segunda olimpíada consecutiva.
Atleta do Benfica, ela estreia nos jogos nesta sexta-feira (2), pela categoria +78 kg, quando, às 5h no horário brasileiro, enfrenta a tunisiana Sarra Mzougui. Em 2021, nos jogos de Tóquio, pela mesma categoria, a atleta ficou na nona colocação.
Rochele é natural de Pelotas, mas mudou-se ainda bastante nova para Canoas. A atleta começou sua trajetória oficialmente no judô quando passou a competir na categoria júnior, quando tinha 15 anos. Foram dez anos defendendo a seleção brasileira e, em 2018, houve o quem chama de “guinada decisiva” para sua carreira, quando decidiu ir para Portugal. Na época, a judoca foi bastante criticada. Ela, que dividia o protagonismo do peso pesado no Brasil com Beatriz Souza e Maria Suelen, se mudou para Portugal, e afirma que tomou a decisão pois dificilmente conseguiria ir aos Jogos devido a disputa interna.
A atleta vive nos últimos anos o que pode-se chamar de melhor momento. Ainda no final de 2022, somou dois pódios importantes no circuito internacional, com o bronze no Grand Slam de Abu Dhabi e a prata no Grand Slam de Baku. Em 2023 ficou em segundo no Grand Slam de Baku e primeiro Grand Slam de Abu Dhabi. Neste ano, ficou em sétimo no Grand Slam de Tashkent e quinto no Campeonato Europeu de Judô Sênior Individual. Dentre suas principais conquistas com a bandeira do Brasil estão a medalha de prata e três de bronze no Campeonato Pan-Americano de Judô de 2013 a 2016.