HUSFP realiza primeira cirurgia odontológica via SUS em criança com deficiência

Foto: Lisandra Reis/HUSFP

Foi realizada nos últimos dias por uma equipe do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) a primeira cirurgia de odontologia hospitalar em uma criança com deficiência via Sistema Único de Saúde (SUS) na história da instituição. Vale lembrar que o hospital recebeu habilitação para fazer este tipo de procedimento via SUS recentemente.

Paloma Lima é mãe do Adrian, de 12 anos que tem paralisia cerebral. Ele estava internado no para tratar uma pneumonia, mas em função disso a Equipe Multiprofissional de Odontologia Hospitalar foi acionada para tratar problemas odontológicos, que por ser uma pessoa com deficiência, não conseguia tratar dentro do consultório odontológico. “Levei ele no dentista mais de uma vez, mas ficava muito agitado e não conseguíamos resolver o problema. Hoje dá um alívio saber que podemos contar com esse serviço aqui no hospital”, contou a mãe.

O serviço realiza procedimentos odontológicos em ambiente hospitalar, sob anestesia geral ou sedação. O ambiente hospitalar favorece o suporte médico a eventuais doenças sistêmicas associadas à deficiência, e a disponibilidade de equipamentos e exames complementares, permite o manejo da pessoa com deficiência com maior segurança.

O tratamento odontológico ofertado inclui procedimentos de atenção básica, alguns procedimentos especializados de endodontia, periodontia e cirurgia oral menor. Está prevista a realização de, pelo menos, 90 consultas por mês.

‌De acordo com Orientadora de Práticas do Curso de Odontologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), e que está a frente desta nova especialidade, a dentista Camila Amaral, o serviço que atende pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também convênios e particulares não é uma exclusividade só para pessoas com deficiência (PCD) . “Claro que nesses casos de PCDs o procedimento no bloco cirúrgico proporciona o melhor atendimento e conforto a esses pacientes, mas temos outros casos em que pessoas sem deficiência também precisam ir ao bloco para um procedimento mais complexo. Então contamos com uma equipe multidisciplinar com médicos anestesistas, enfermeiros e nós, dentistas”, explica.