Foto: Arquivo Pessoal
Misael da Cunha, ex-diretor Administrativo e Financeiro do Pronto Socorro de Pelotas, foi acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo crime de peculato, que envolve a apropriação indevida de recursos públicos. Segundo a acusação, Cunha teria desviado R$ 258,3 mil em 18 ocasiões entre março de 2022 e fevereiro de 2024.
O valor em questão deveria ter sido destinados ao funcionamento do pronto-socorro, mas a investigação revelou que o ex-diretor usou o dinheiro para encomendar móveis para sua residência e a de seus pais, além de repassar recursos para uma igreja com a qual possui ligação pessoal.
O MPRS também identificou irregularidades em contratos com empresas de portaria, construção civil e móveis planejados. A denúncia faz parte da “Operação Contágio” e foi baseada em uma comunicação inicial da Prefeitura de Pelotas ao MPRS. Além da acusação, o Ministério Público solicitou o bloqueio dos bens de Cunha e a reparação dos prejuízos causados aos cofres públicos.
Como parte das medidas cautelares, Cunha está proibido de contatar as testemunhas envolvidas no caso. Além disso, o caso é pauta de uma CPI na Câmara dos Vereadores, que já havia identificado diversas inconsistências nas contas do HPS e tentou na justiça a convocação de Cunha, que não era encontrado para prestar seu depoimento no plenário.
Nota da defesa: “Em respeito à população, informamos que nossa equipe está ativamente investigando os detalhes do caso em questão. Ressaltamos que estamos comprometidos em compreender os fatos e garantir um processo justo e transparente. Da mesma forma, observamos que nosso cliente compareceu a todos os atos para os quais foi intimado, demonstrando o seu compromisso com o andamento processual“.