Caso suspeito de Mpox em Pelotas testa negativo

Foto: Ministério da Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas confirmou na tarde desta quarta-feira (21) que o resultado do teste para Mpox de um paciente de 16 anos, morador da cidade, foi negativo. O adolescente havia sido atendido no Pronto-Socorro no início da semana, e as amostras coletadas foram enviadas para análise no Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen). O município segue sem registro da doença em 2024.

Durante o período de espera pelos resultados, o jovem permaneceu em isolamento domiciliar. A medida faz parte das orientações de prevenção e controle estabelecidas na nota técnica de alerta emitida pelo governo do Estado na segunda-feira, direcionada a todas as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), incluindo a Coordenadoria de Epidemiologia da Região 21.

O Rio Grande do Sul já registrou cinco casos neste ano de mpox. Em 2023 foram nove, enquanto em 2022, considerado o ano mais crítico, foram 327 casos registados no Estado.

Informações sobre a Mpox

O que é a mpox? Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, através de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.

Quais são os sintomas da doença? O sintoma mais comum da doença é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.

As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.

Como é a transmissão? O vírus se espalha de pessoa para pessoa por meio do contato próximo com alguém infectado, incluindo falar ou respirar próximos uns dos outros, o que pode gerar gotículas ou aerossóis de curto alcance; contato pele com pele, como toque ou sexo vaginal/anal; contato boca com boca; ou contato boca e pele, como no sexo oral ou mesmo o beijo na pele.

Pessoas com mpox são consideradas infecciosas até que todas as lesões tenham formado crostas e essas crostas caiam. A doença também pode ser transmitida enquanto as lesões nos olhos e no restante do corpo (boca, garganta, olhos, vagina e ânus) não cicatrizarem, o que geralmente leva de duas a quatro semanas.

Quem pode contrair mpox? Qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém que apresente sintomas ou com um animal infectado. É provável que as pessoas vacinadas contra a varíola humana tenham certa proteção contra a mpox. Recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente correm risco de apresentar sintomas mais graves e de morte.

Mpox pode matar? Na maioria dos casos, os sintomas da doença desaparecem sozinhos em poucas semanas, mas, em algumas pessoas, o vírus pode provocar complicações médicas e mesmo a morte. Recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente correm maior risco.

Dados disponíveis mostram que entre 0,1% e 10% das pessoas infectadas pelo vírus morreram, sendo que as taxas de mortalidade podem divergir por conta de fatores como acesso a cuidados em saúde e imunossupressão subjacente.

Como reduzir o risco de contrair mpox?

  • Quando se aproximar de alguém infectado, use máscara, sobretudo se tiver lesões na boca ou se estiver tossindo.
  • Evite o contato pele a pele sempre que possível e use luvas descartáveis se precisar ter contato direto com as lesões.
  • Use máscara ao manusear vestimentas ou roupas de cama do doente, caso a pessoa infectada não possa fazê-lo sozinha.
  • Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, especialmente após o contato com uma pessoa infectada.
  • Roupas, lençóis, toalhas, talheres e pratos dos infectados devem ser lavados com água morna e detergente.
  • Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados.
  • Alimentos com partes de animais devem ser bem cozidos .