Foto: Arquivo Pessoal
A prefeitura de Pelotas se pronunciou no caso de denúncias envolvendo a internação da atleta pelotense de alto rendimento Luisa Giampaoli. Luisa se encontra neste momento em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) em estado grave. As falas que apontam negligência por parte do Hospital de Pronto Socorro (HPS) partiram de Eduardo Schmit, marido da corredora, que tem relatado nas redes sociais que a atleta não foi atendida de prontidão por um especialista e que exames específicos foram ignorados.
A ordem cronológica das internações e os pronunciamentos de Eduardo foram trazidos pelo O Bairrista nesta quarta-feira (24). Em um dos tópicos levantados, ele afirma que, embora alguns médicos afirmassem que Luisa necessitava de uma ressonância do cérebro, onde posteriormente foi encontrado um edema, servidores do HPS teriam sido resistentes. “Eu deixo aqui minha indignação, porque a gente sempre falou que ela estava com dor de cabeça e eles nunca fizeram ressonância, só tomografia. Outros médicos falavam que precisava fazer a ressonância e não faziam. Um dos médicos, o Guedes, falou que ela tem uma cabeça de jovem de 19 anos que ela não precisava fazer“, afirmou Schmit em um vídeo no Instagram.
Em outro ponto ele afirma que apesar de um dos médicos indicar o encaminhamento a um neurologista, este não atendeu Luisa com urgência por falta de contato. “Eles deixaram todo tempo, deixaram ela 15 horas sofrendo de dor de cabeça, fazendo exame de sangue e urina, no qual o problema era na cabeça e não chamaram o neurologista para fazer o procedimento e ver o edema“, disse.
O Bairrista entrou em contato com a prefeitura em busca de respostas sobre o caso. A diretora geral do Pronto Socorro, Veridiana Bohns Duarte, afirmou que, com base na análise dos registros em prontuário da paciente durante suas passagens pela instituição, foi observado que Luísa teve sua ficha de atendimento médico aberta no dia 27 de junho, às 4h42, quando recebeu atendimento. “Foi medicada e realizou exames laboratoriais e de imagem pertinentes ao caso e se coletou sorologias. A paciente ficou em atendimento no PS aguardando leito hospitalar, com quadro clínico estável e sinais vitais normais“, diz o pronunciamento enviado. Segundo Veridiana, a primeira internação no HUSFP ocorreu no dia 28, para “continuar com a investigação clínica, monitoramento e tratamento, em instituição com maior complexidade”.
“O mesmo ocorreu na segunda ocasião, dia 19 de julho, quando novamente ficou em atendimento no PS para aguardar leito hospitalar, com quadro clínico estável e sinais vitais normais, necessitando de prosseguimento na investigação. A paciente, então, internou, no Hospital São Francisco de Paula, no dia seguinte, 20 de julho, às 11h, para continuar com a investigação clínica, monitoramento e tratamento“, finaliza o pronunciamento.