Polícia Federal prende suspeitos de tráfico internacional de drogas via Porto de Rio Grande

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Nesta terça-feira (2), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão preventiva contra suspeitos de tráfico internacional de drogas através do Porto de Rio Grande. A organização criminosa é acusada de enviar 4,6 toneladas de cocaína para a Europa e de receber 3 toneladas de haxixe no Brasil.

As prisões foram autorizadas pela 22ª Vara Federal de Porto Alegre e executadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Além das prisões, a Justiça determinou ordens de busca e apreensão, sequestro de imóveis, veículos e embarcações, além do bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.

As investigações revelaram que o grupo utilizava embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros para o transporte das drogas. Além da Europa, a África também seria destino dos entorpecentes.

Os suspeitos poderão responder por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, as penas podem chegar a até 33 anos de prisão, segundo a PF.

Alguns dos envolvidos foram flagrados em fevereiro deste ano tentando traficar 21 kg de cocaína no casco de um navio que seguia de Rio Grande para Portugal. Na ocasião, foram presos em flagrante.

A operação, denominada Narcopesca, é a segunda fase da Operação Hinterland, iniciada em março de 2023, quando foram cumpridos 17 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão no Brasil e no Paraguai. Entre os itens apreendidos nesta fase estão 87 imóveis, 173 veículos e até um avião, totalizando mais de R$ 500 milhões em bens.

A investigação começou em março de 2021, após a apreensão de 316 kg de cocaína na cidade de Hamburgo, Alemanha, em dezembro de 2020, provenientes do Porto de Rio Grande. A droga era produzida na Bolívia e enviada ao Brasil por um fornecedor paraguaio. A Receita Federal identificou que o volume de dinheiro recebido por várias empresas do grupo criminoso era incompatível com suas atividades econômicas, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro.

Com informações: G1