Operação que investiga supostos delitos da Smed apreende uma Ferrari e um Bentley

Foto: Divulgação/PCRS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul iniciou nesta sexta-feira (5) a segunda fase da Operação Capa Dura, focada em desvendar supostos delitos cometidos por autoridades governamentais e empresários envolvidos em seis processos de aquisição conduzidos pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre.

Esta fase da operação segue a primeira, realizada em janeiro, que resultou na detenção temporária de quatro pessoas, incluindo Sônia da Rosa, ex-responsável pela Smed. As atuais investigações giram em torno de contratos que somam R$ 58,2 milhões e apontam para uma metodologia questionável de compras, onde os processos eram iniciados com base nas ofertas das empresas, e não em estudos técnicos preliminares de necessidade e adequação por parte da Secretaria.

Segundo o portal G1, entre os itens apreendidos foram encontrados uma Ferrari e um Bentley, dois carros luxuosos avaliados em mais de R$ 1 milhão.

As atividades investigativas são coordenadas pelas Delegacias de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigações Criminais, que executaram 36 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de sequestro de veículos, distribuídos por 12 cidades em três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A Justiça também impôs suspensão de funções públicas a quatro servidores e proibiu a contratação de sete empresas e cinco empresários com o poder público municipal e estadual.

Os contratos investigados agora incluem aquisições de brinquedos pedagógicos, kits de robótica, livros e um programa de educação ambiental. Segundo a polícia, há padrões de irregularidades nos processos de compra, sugerindo direcionamento e conluio com as empresas contratadas.