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O que esperar do clima em agosto? O oitavo mês do ano é o terceiro e último do trimestre do inverno climático, a despeito da estação fria terminar pelo critério astronômico apenas na segunda metade de setembro. Gradualmente, alguns traços climático da primavera começam a aparecer. O mês, assim, é o que costuma ter temperatura média mais alta no trimestre climatológico de inverno, sendo menos frio nas normais históricas que junho e julho.
Segundo dados da MetSul Meteorologia, em Porto Alegre, a temperatura mínima média do mês é de 11,6ºC, acima das de junho (11,3ºC) e julho (10,4ºC). A média máxima mensal é de 21,8ºC, superior às médias de junho (20,3ºC) e de julho (19,7ºC). A precipitação média mensal é de 120,1 mm, a menor entre os meses da estação, uma vez que junho tem média de chuva no mês de 130,4 mm e julho 163,5 mm.
Segundo a MetSul tendência é que agosto neste ano tenha precipitação perto ou acima da média na maioria das áreas do Sul do Brasil com maiores volumes de chuva no RS e SC. Mas mesmo neste dois estados a chuva pode ficar abaixo da média, como em pontos mais a Oeste e ao Sul.
Agosto ainda é um mês de grande variabilidade térmica no Sul com dias frios a muito frios e outros de temperatura alta é até calor. Desenha-se um mês em dois tempos, ou seja, grande parte da primeira metade do mês deve ser mais quente com alguns dias de calor, até forte para esta época do ano, ao passo que perto da metade do mês, entre a segunda e a terceira semana, e em parte da segunda quinzena, podem ser registrados dias mais frios. No final do mês, poderia voltar a aquecer na última semana.
Estados como o RS ainda costumam ter um aumento dos temporais a partir de agosto pela maior variação de massas de ar frio e quente na comparação com junho e julho e à medida que se aproxima a primavera. Há um incremento, em especial, das ocorrências de granizo, mas cresce também o risco de vendavais e de episódios de chuva muito intensa em curto período com alta frequência de raios.
O mês tem também um histórico de ciclones extratropicais mais intensos nas latitudes médias do Atlântico Sul, o que favoreceu fortes incursões de ar polar e episódios de neve do passado que foram expressivos. Em agosto neste ano, entretanto, como é normal, ciclones vão se formar no Atlântico Sul. A tendência é que estes ciclones se formem mais ao Sul em um ano até agora com muito menos ciclogênese nas latitudes médias que no ano passado.
Com informações: MetSul Meteorologia