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A morte de Vladimir Abreu de Oliveira, um homem de 41 anos residente no Condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre, teve novidades após a divulgação de um relatório de inquérito policial militar (IPM). O documento indica que Vladimir foi vítima de tortura por parte de policiais militares por cerca de 40 minutos antes de ser jogado da ponte do Guaíba, onde seu corpo foi encontrado.
Este incidente ocorreu em maio deste ano e desencadeou uma série de protestos violentos em Porto Alegre, incluindo a queima de ônibus por parte da população revoltada com a brutalidade policial. Os policiais militares envolvidos, sargento Felipe Adolpho Luiz e soldado Lucas da Silva Peixoto, estão atualmente detidos e enfrentam acusações de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
O relatório do IPM destacou que a viatura policial permaneceu imóvel por 42 minutos na ponte, sugerindo que foi neste período que o corpo de Vladimir foi descartado nas águas. A investigação, que também está sendo conduzida em paralelo pela Polícia Civil, visa esclarecer a sequência completa dos eventos e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
O delegado André Luiz Freitas da 4ª DHPP lidera o inquérito civil. Os resultados dessas investigações são cruciais para proporcionar justiça à família de Vladimir e responder ao apelo público por responsabilização no caso de abusos cometidos por autoridades policiais.
Segundo o Delegado, pessoas próximas à Vladmir confirmar que o homem era usuário, mas não era criminoso.
“O último registro de antecedente criminal dele era de 2008, mas isso não elimina a possibilidade de que houvesse algum envolvimento recente. Mesmo assim, não justificaria o que aconteceu”, disse Freitas.