Ex-dirigentes do Brasil investigados na Operação Marcola usavam condomínio de credores como motivo para depósito em contas pessoais

Foto: Divulgação/MP

Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Operação Marcola, mexeu com os bastidores do Brasil nesta quarta-feira (10). Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos, por conta de possíveis desvios de verbas dos cofres do clube para ex-dirigentes, prestadores de serviço e funcionários do clube.

Ao longo do processo de investigação, que começou ainda em 2023, o MP-RS apurou que, em virtude do clube possuir um condomínio de credores junto à Justiça do Trabalho, os dirigentes recebiam os valores do clube em contas pessoais, e parte deles não retornava ao caixa do clube. O motivo disso seria que, caso o dinheiro caísse diretamente na conta bancária do Brasil, o valor seria retido pela justiça para repasse diretamente aos credores.

A ação foi deflagrada após denúncia do atual direção do clube, que, inclusive, abriu as portas do Bento Freitas para agentes da GAECO, para buscar eventuais documentos da gestão anterior que talvez ainda estivessem no estádio do clube.

Segundo as investigações, aproximadamente R$ 400 mil teriam sido desviados dos cofres do clube, porém, esse valor por ultrapassar R$ 1 milhão ao longo das apurações.

Segundo informou o jornal A Hora do Sul, entre os investigados estão o ex-presidente do clube, Evanio Tavares, o ex-CEO do clube, Wederson Antinossi, e o gestor da Central de Sócios e do departamento de marketing do clube, Tiago Rezende.