Foto: Italo Santos/GEB
A Operação Marcola, promovida pelo MP-RS e GAECO, movimentou os bastidores do Xavante na manhã desta quarta-feira (10) em Pelotas. Segundo informações do jornal A Hora do Sul, as pessoas investigadas são o ex-presidente do clube, Evanio Tavares; o ex-CEO do Brasil, Wederson Antinossi; e Tiago Rezende, responsável pela gestão da Central de Sócios.
Após uma série de investigações, o MP-RS deflagrou uma operação em busca de mais provas sobre associação criminosa constituída por dirigentes e funcionários, afim de desviar e se apropriar de recursos do clube. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Pelotas e Contagem (MG).
Segundo os promotores Rogério Caldas e José Alexandre Zachia Alan, os desvios seriam de pelo menos R$ 400 mil, porém, podem ultrapassar R$ 1 milhão. Zachia Alan ressaltou que existem três linhas de investigação: valores de premiações pagas ao clube por resultados obtidos, de patrocínios e contribuições mensais dos associados do clube. Ainda, segundo a editoria de esportes do jornal A Hora do Sul, os valores desviados apenas da Central de Sócios podem chegar à casa de R$ 1 milhão.
Os investigados alegaram que os depósitos não eram feitos totalmente nas contas do clube para que as verbas não fossem diretamente retidas na justiça, ou ainda, repassadas diretamente para o condomínio de credores, celebrado entre o clube e a justiça do trabalho.
Após integrar um triunvirato na direção do clube, e ter sido presidente interino, Evanio Tavares foi empossado como presidente em 2022, após eleição suplementar no clube. Ele foi destituído pelo Conselho Deliberativo em 2023, por o Conselho Fiscal do clube ter considerado sua gestão como temerária.
