Foto: Lucas Rhamon/Pelotas
Mais parecia o jogo que valia o acesso, mas foi uma partida válida pela última rodada da fase classificatória. Após ver o Inter-SM abrir 2×0 e viu sua participação no Gauchão A2 por um fio de ser finalizada ainda na primeira parte da competição, o Pelotas buscou o empate em Santa Maria e carimbou o passaporte para as quartas de final na tarde desta quarta-feira (10) em um duelo de tirar o fôlego. Clayton marcou duas vezes e, somado a vitória do Lajeadense sobre o Aimoré, o áureo-cerúleo comemorou a classificação.
Muito desta vitória se percebe em um fator já notado na partida contra o Monsoon, no último final de semana, uma espécie de virada de chave, quando a equipe do técnico Ariel Lanzini precisava vencer para seguir sonhando com o acesso. Estamos falando dela, que tanto se clama aos times de futebol: a raça ou o “espírito de mata-mata”, como frisou o comandante do Lobo.
“Desde depois do jogo do Monsoon, quando a gente começou a trabalhar o jogo [contra o Inter-SM], tanto nos dois treinamentos e na palestra de hoje, a gente tratou o jogo como oitavas de final, a gente não tratou como a 14ª rodada. A gente sabia o que a gente tinha que fazer aqui, a gente sabia que a gente tinha que ter uma superação grande. Sabíamos que o campo não estaria nas melhores condições por causa da devida chuva, torcida contra e tem uma rivalidade também das equipes, então acho que foi importante e a gente tem que levar isso para as quartas de final“, comentou Lanzini.
Inicialmente fora dos 11 titulares, os pés que deram o empate ao Pelotas saíram do banco de reservas. Clayton, um dos jogadores mais experiente da equipe do Lobo, chegou a ser contestado durante a competição, mas diante do time de Santa Maria foi o melhor em campo.
Quanto a opção de iniciar com ele no banco e Léo Ferraz entre os titulares, tal decisão foi explicada por Ariel, que negou a possiblidade dos gols terem surgidos de “jogadas circunstanciais”, afirmando que a equipe trabalha com modelos de jogos definidos mas mudanças de estrutura dependendo do adversário.
“A opção de hoje foi por dois beiradas mais de força e velocidade, porque a equipe do Inter-SM cria uma superioridade no lado de campo com triangulações e a gente precisava de beiradas de força para que conseguisse nos auxiliar nessa parte defensiva e também atacar as costas em uma situação de transição. Pelo campo estar pesado a gente achou melhor deixar o Clayton menos tempo, entrando na segunda etapa, porque a gente conseguiria criar uma situação que ele jogasse mais tempo corrido e ele pudesse ser uma mudança importante no banco durante o jogo“, finalizou.
Agora, nas quartas de final, o Pelotas encara o Glória, primeiro colocado do Grupo A. A primeira partida acontecerá na Boca do Lobo, no domingo (14), às 15h. Já o jogo de volta, ocorrerá na quarta-feira (17), às 19, no Altos da Glória, em Vacaria.