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A Polícia Civil finalizou a investigação sobre uma explosão fatal em um condomínio na Zona Norte de Porto Alegre, ocorrida em 4 de janeiro deste ano, sem indiciar nenhum envolvido. O incidente, provocado por um vazamento de gás, resultou na morte de Tiago Lemos, de 38 anos, morador do local.
Ao G1, o delegado Cleiton de Freitas, afirmou que não foram identificados elementos que configurassem dolo (intenção de provocar o ocorrido) ou culpa no caso. “Após uma análise minuciosa, concluímos que não existe sequer um crime culposo, nem mesmo a possibilidade de tal“, explicou o delegado no relatório do inquérito.
Perícias indicaram que a explosão teve início em um fogão cooktop no apartamento de Tiago, que sofreu queimaduras em 90% do corpo e faleceu quatro dias após o evento devido a falência múltipla de órgãos. Rodrigo Rufino, companheiro de Tiago, sobreviveu com 60% do corpo queimado.
A investigação também concluiu que não há evidências de que qualquer morador tenha contribuído diretamente para o incêndio. “Não é possível determinar que algum residente tenha sido responsável pelo elemento que causou a explosão e o subsequente incêndio“, consta no inquérito.
A ocorrência da explosão aconteceu enquanto bombeiros já estavam no local averiguando o vazamento. Segundo a polícia, as ações tomadas por eles não aumentaram o risco de forma proibida, sendo todas as medidas possíveis aplicadas para evitar o desastre.
Os resultados do inquérito foram encaminhados ao Judiciário e ao Ministério Público para análise. Enquanto isso, a torre danificada está em processo de reconstrução.
A Construtora Tenda, responsável pelo edifício, declarou que as conclusões do inquérito confirmaram que não houve responsabilidade da empresa no incidente, ressaltando que a reconstrução do local foi aprovada pelos moradores, Ministério Público, Defensoria Pública e outros órgãos envolvidos.
Com informações: G1