Foto: Raffa Neddermeyer/Agência Brasil
Na última segunda-feira (17), a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Rio Grande do Sul (OAB/RS), organizou uma audiência pública para avaliar a situação do Aeroporto Salgado Filho e explorar opções para a aviação no estado.
Durante o evento, foi debatida a possibilidade de reinício parcial das operações no Salgado Filho, além de incentivar a expansão de voos no Aeroporto de Pelotas.
A Fraport, gestora do aeroporto e convidada para o encontro, não pôde comparecer devido a conflitos de agenda. Em comunicado, a empresa informou que mantém o interesse na concessão e está aguardando os resultados das análises do solo da pista para estabelecer um cronograma detalhado das operações futuras, prometendo resultados em até 45 dias.
Um problema adicional enfrentado é a falta de energia elétrica no aeroporto, com necessidade de reconstrução das subestações de energia que servem o local. O ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, destacou que a segurança da pista é prioritária e essencial antes de qualquer retomada das operações.
O presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, afirmou que a entidade está vigilante quanto aos preços dos voos no estado e não descarta a possibilidade de ajuizar ações contra tarifas consideradas exorbitantes. A Fraport também solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um reajuste contratual que poderia resultar em redução dos pagamentos de outorga, extensão do contrato, ou aumento das tarifas.
Por outro lado, o diretor da Anac, Luiz Ricardo de Souza Nascimento, informou que a agência autorizou um aumento de 14 voos semanais a partir da Base Aérea de Canoas, com a meta de alcançar 70 voos por semana. Ele reiterou o compromisso da Força Aérea Brasileira (FAB) de expandir rapidamente essa capacidade.