Foto: Alex Rocha/PMPA
As ruas de Porto Alegre seguem acumulando montanhas de materiais danificados pelas recentes enchentes, visíveis nas calçadas de diversos bairros. Por conta deste aumento contínuo desses resíduos, a prefeitura estabeleceu cinco áreas específicas para acumular os materiais próximos às zonas mais afetadas.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) é encarregado de coletar e transportar esses resíduos, que posteriormente serão destinados ao aterro de inertes localizado em Gravataí. Moradores e empresas também têm a opção de descartar seus resíduos pós-enchente nos locais conhecidos como Bota-Espera.
Um dos pontos de coleta, situado no bairro São Geraldo na intersecção da Avenida Cairú com a Rua Voluntários da Pátria, exibe montanhas significativas de detritos, simbolizando a gravidade do desastre enfrentado pelos habitantes da cidade.
Desde o início de maio, o DMLU reportou a coleta de 27.718 toneladas de resíduos das ruas, incluindo móveis danificados, lodo e detritos diversos. Na última segunda-feira, a operação de limpeza da prefeitura alcançou 18 localidades distintas, envolvendo bairros como São Geraldo, Sarandi e Ipanema, entre outros.
Cerca de 800 trabalhadores de limpeza das divisões Centro, Extremo-Sul, Norte, Sul e Leste estão engajados nesta força-tarefa, auxiliados por mais de 300 equipamentos, incluindo caminhões e retroescavadeiras, sob coordenação da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb).
O DMLU esclarece que os locais de Bota-Espera são reservados para resíduos inertes, que não sofrem decomposição ou alteração química ao longo do tempo. Tais materiais, como a madeira, serão processados posteriormente. Os pontos de descarte Bota-Espera estão distribuídos em locais estratégicos, como ao lado da Receita Federal e do Dmae no Centro Histórico, além de áreas em Serraria, Humaitá e São Geraldo, operando em horários específicos para facilitar o acesso dos cidadãos.