Foto: Divulgação/Prefeitura de Canoas
Uma plataforma desenvolvida pelo governo estadual, apontou Canoas como a cidade com o maior número de animais em abrigos emergenciais no Rio Grande do Sul. A cidade abriga 43% do total de pets desalojados, somando 8.141 animais distribuídos em 71 abrigos locais.
No total, os 347 abrigos do estado estão cuidando de 18.873 animais que foram deslocados devido às recentes enchentes. Em Canoas, os principais pontos de acolhimento são o Pata Molhada, o Centro Palmira Gobbi – localizado nos galpões da Ulbra – e a Secretaria de Bem Estar Animal.
Devido à superlotação, iniciativas de castração estão sendo implementadas na cidade.
“Estamos comprometidos em utilizar toda nossa infraestrutura e equipe de profissionais para garantir a saúde e o bem-estar dos animais afetados pelas enchentes”, afirma Jean Carlos dos Reis Soares, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Canoas.
Além disso, Jean revelou que o governo do estado propôs às universidades, incluindo a Ulbra, desenvolver um projeto de Controle Populacional Ético de Cães e Gatos. Esse projeto será financiado pelo Ministério Público, que cobrirá as despesas necessárias.
A Ulbra já está oferecendo serviços de castração aos animais de todos os abrigos da cidade. Além disso, tanto o abrigo Pata Molhada quanto a Secretaria de Bem Estar Animal já iniciaram suas próprias campanhas de castração. ONGs locais como Caramelo e Ampara também estão auxiliando nesses esforços.
A Secretaria de Bem Estar Animal estima que cerca de 3.800 cães ainda aguardam o retorno de seus tutores nos abrigos específicos para pets. Esse número também inclui animais que estão temporariamente em abrigos para pessoas, ao lado de seus tutores.
Fabiane Borba, secretária de Bem Estar Animal, ressalta a necessidade de mais voluntários e doações de itens como materiais de limpeza, papelão, camas, casinhas e mantas para proteger os animais do frio.
Recentemente, a Prefeitura de Canoas estipulou um prazo de dez dias para que os tutores identifiquem seus animais nos abrigos, que termina no dia 13. Após esse período, serão organizadas feiras de adoção para facilitar a realocação dos pets em novos lares. Essa medida visa aliviar a superlotação e garantir que os animais desalojados encontrem um ambiente seguro e amoroso.