Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou na terça-feira (4) o design do rótulo para as embalagens de arroz que o governo federal planeja importar. Este arroz será vendido a um preço fixo de R$ 20 por pacote de 5 quilos, conforme anunciado. O leilão para a compra do grão está marcado para quinta-feira (6).
Os pacotes apresentarão os logotipos da Conab e da União, acompanhados da inscrição “Produto Adquirido pelo Governo Federal”. Essa ação foi recebida com críticas por parte das associações de produtores rurais, que consideram a medida como intervencionista e um desincentivo à produção nacional.
Além disso, o Governo confirmou que o produto importado deve atender a todos os critérios de qualidade e especificações estabelecidos no edital do produto. Este esclarecimento surge em resposta às alegações falsas circulando que sugerem que o arroz importado contém agrotóxicos proibidos no Brasil, conforme nota publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
O governo defende a iniciativa como uma forma de evitar um aumento nos preços para os consumidores, especialmente após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do Brasil.
Serão importadas 300 mil toneladas de arroz do tipo longo fino, polido, beneficiado, Tipo 1 — similar ao produzido nacionalmente. O plano é distribuir o produto em três etapas, começando em 10 de junho e concluindo em 8 de novembro. As vendas ocorrerão diretamente para estabelecimentos comerciais em áreas metropolitanas.
Os estados que receberão o arroz são Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
Os principais fornecedores históricos de arroz para o Brasil incluem países do Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina. Recentemente, o Brasil também importou arroz da Tailândia. Apesar da diversificação dos fornecedores, o anúncio do leilão em maio fez com que os preços subissem até 30% na região, levando ao cancelamento de um leilão anterior.