Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Exército começou a enviar novas pontes flutuantes para o Rio Grande do Sul, visando substituir as estruturas que foram levadas pelas enxurradas nos rios Forqueta e Pardo, na última quinta-feira (23). Conhecidas como passadeiras, essas pontes metálicas consistem em passarelas apoiadas em barcos, unidos por cabos.
As fortes correntezas derrubaram duas passadeiras recentemente instaladas no interior do estado. Uma delas cruzava o Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado, no Vale do Taquari, e a outra, o Rio Pardo, em Candelária, no Vale do Rio Pardo. Cada passadeira tinha cerca de 80 metros de extensão e suportava a passagem de 45 pessoas por minuto.
Antes da instalação dessas passadeiras, os municípios estavam isolados desde 1º de maio, com o único contato possível sendo realizado por barcos de voluntários ou botes do Exército. As novas pontes serão instaladas assim que as condições de segurança permitirem, considerando fatores como o nível do rio e a força da correnteza, para garantir a segurança da população.
A passadeira do Rio Forqueta foi montada em 15 de maio, após a destruição da ponte da ERS-130. A passadeira do Rio Pardo foi instalada no dia 16, depois que a cabeceira da ponte da RSC-287 caiu.
As novas passadeiras estão sendo transportadas de unidades de Engenharia do Exército localizadas em São Borja (RS), Palmas (PR) e Tubarão (SC). Ainda não há previsão para a instalação das novas pontes.
O Exército também planeja instalar uma ponte metálica para veículos entre Arroio do Meio e Lajeado o mais rápido possível. Este projeto depende de trabalhos nas cabeceiras da antiga ponte e da redução do vão do Rio Forqueta para 50 metros, uma vez que a nova ponte tem uma extensão máxima de 60 metros.
Este requisito é necessário devido ao risco de uma elevação brusca no nível do rio, que poderia derrubar a ponte. A expectativa é que a ponte seja instalada em uma semana, caso as condições climáticas permitam e as obras de acesso sejam concluídas.