Após barragem 14 de Julho romper, outras cinco correm risco de colapsar

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Foi confirmado no início da tarde desta quinta-feira (2) o rompimento da barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, operada pela Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves. A liberação da água represada pode provocar uma rápida elevação do nível do Rio Taquari e da bacia do Rio das Antas, colocando em risco comunidades próximas.

Moradores das áreas de risco já haviam sido alertados sobre a possibilidade de rompimento na tarde de quarta-feira pela Ceran e foram orientados a evacuar suas casas imediatamente e manter distância das margens do rio. “Afastem-se pelo menos 4 metros da área de risco“, reforçou o prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira.

Além da barragem 14 de Julho, outra estrutura em Bento Gonçalves, a barragem São Miguel, também está sob ameaça de colapso. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) emitiu uma Declaração de Emergência devido ao desmoronamento de uma estrutura de suporte. Equipes da Corsan estão ajudando na evacuação e isolamento da área, com 170 famílias sendo realocadas para hotéis e abrigos da região.

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul anunciou que treze barragens de usos múltiplos estão em estado de alerta, com cinco já em processo de evacuação. As barragens em questão incluem Santa Lúcia em Putinga, São Miguel do Buriti em Bento Gonçalves, Belo Monte em Eldorado do Sul, Dal Bó em Caxias do Sul, e Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl em Glorinha.

Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS) estão monitorando outras cinco barragens de geração de energia elétrica que requerem atenção especial. Estas incluem Capigui em Passo Fundo, Guarita em Erval Seco, Herval em Santa Maria do Herval, Passo do Inferno em São Francisco de Paula, e Monte Carlo entre Bento Gonçalves e Veranópolis.

A preocupação também se estende às barragens administradas pela Hidrotérmica S.A., devido ao crescente nível de água. As barragens afetadas são Boa Fé, São Paulo e Autódromo, localizadas no rio Carreiro; Jararaca e da Ilha, no Rio da Prata; e Palanquinho e Criúva, no rio Lajeado Grande.

Esta situação alarmante destaca a urgência de medidas preventivas e de segurança para proteger as comunidades e infraestruturas locais. A colaboração da população com as diretrizes de evacuação e segurança é crucial neste momento crítico.