Foto: Giulian Serafim / PMPA
O Rio Grande do Sul enfrenta uma grave crise de abastecimento de água após as intensas chuvas que atingiram a região. De acordo com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), 860 mil imóveis estão sem acesso à água tratada.
Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) suspendeu as operações em três estações de tratamento de água (ETAs) devido ao alagamento das instalações.
As cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Sapucaia e Viamão estão completamente desabastecidas. A situação é crítica também em outras partes da Região Metropolitana, com Guaíba, Esteio e parte de Gravataí ainda contando com algum fornecimento, sendo a ETA de Gravataí a única em funcionamento na área.
O impacto das chuvas foi tão severo que afetou o abastecimento em 64 cidades, com 43 delas tendo unidades da Corsan severamente afetadas por inundações. A distribuição do desabastecimento é a seguinte:
- Região Metropolitana: 423 mil imóveis sem água em nove cidades.
- Nordeste: 201 mil imóveis sem água em 25 cidades.
- Central: 167 mil imóveis sem água em 13 cidades.
- Vale do Rio dos Sinos: 49 mil imóveis sem água em sete cidades.
- Planalto e Pampa gaúchos: 16 mil imóveis sem água em 12 cidades.
Em Porto Alegre, o Dmae interrompeu a captação de água para tratamento devido ao alagamento das estações de bombeamento de água bruta, localizadas nas avenidas Voluntários da Pátria e Padre Cacique. Isso levou à suspensão das atividades nas ETAs Moinhos de Vento, São João e Tristeza. Sem previsão para a retomada das operações, diversos bairros podem enfrentar desabastecimento ou baixa pressão de água.
Esta crise de abastecimento ressalta a severidade dos impactos das enchentes no estado e a urgente necessidade de medidas para restaurar o fornecimento e a infraestrutura afetada.