Foto: Leonardo Lopes / Câmara Municipal de Porto Alegre
A vereadora de Porto Alegre Maria de Lourdes dos Santos Sprenger (MDB), está enfrentando acusações de injúria racial e discriminação, depois que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) em 15 de abril. De acordo com a denúncia, a vereadora proferiu insultos racistas e demonstrou intolerância religiosa em relação a um servidor público negro da Câmara de Vereadores, além de fazer comentários discriminatórios sobre três estagiárias com deficiência.
A vereadora nega veementemente as acusações, argumentando que são baseadas em boatos e carecem de qualquer prova substancial. Em uma entrevista ao G1 RS, Sprenger rejeitou as acusações, alegando que as pessoas que a denunciaram estavam descontentes por terem sido exoneradas de seus cargos devido à sua política administrativa.
Segundo informações obtidas durante a investigação policial, o conflito teve origem em desentendimentos sobre a capacidade das estagiárias lotadas na Escola do Legislativo. A vereadora considerou essas funcionárias inadequadas para suas funções, enquanto o servidor público, responsável por supervisioná-las, desejava mantê-las em seus cargos.
O Ministério Público afirma que, durante reuniões com assessores, a vereadora teria promovido a discriminação, chamando as estagiárias de “debilóides” e questionando sua capacidade de trabalho. Além disso, Sprenger teria feito comentários ofensivos em relação ao servidor público, referindo-se a ele de maneira pejorativa e desrespeitosa.
Os relatórios policiais indicam que tais situações ocorreram repetidamente ao longo de 2023. Diante das acusações, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre declarou que aguardará o desfecho do processo judicial para avaliar a situação e tomar as medidas necessárias, se necessário.