Foto: Divulgação/Agência Senado
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) inicia hoje (1º) o julgamento do pedido de cassação do mandato do senador Sergio Moro. A sessão está marcada para as 14h e deve se estender até o dia 8 de abril.
Duas ações de investigação eleitoral, uma protocolada pelo PL e outra pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV), acusam Moro de práticas como caixa dois e abuso de poder econômico. O senador nega as acusações.
O julgamento será crucial para definir se Moro perderá o mandato e ficará inelegível. Sete juízes irão analisar o caso, e uma maioria precisa indicar a culpa do senador para a cassação. Após essa etapa, o caso seguirá para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mesmo que seja considerado culpado pelo TRE-PR, Moro não perderá imediatamente o mandato, pois tem direito a recorrer ao TSE. O TSE precisa concordar com a decisão do júri regional para que ele seja cassado.
As acusações envolvem alegações de vantagem indevida na disputa pelo Senado. Segundo os partidos, os gastos excessivos de Moro na pré-campanha à Presidência lhe deram mais visibilidade na corrida pelo Senado. Moro argumenta que a desistência da candidatura presidencial prejudicou sua campanha.
Se Moro for cassado, novas eleições para senador no Paraná serão convocadas. Nomes como Gleisi Hoffman (PT) e Ricardo Barros (PP) são cogitados para a disputa.
Além disso, a possível candidatura de Rosângela Moro (União Brasil), esposa de Sergio Moro, levantou controvérsias. O PT entrou com uma ação contra sua transferência de domicílio eleitoral, argumentando que não é válida enquanto ela ainda exerce um cargo político.