Foto: Divulgação/CEEE Equatorial
A CEEE Equatorial enfrentou várias deficiências durante as operações referentes à tempestade de 16 de janeiro deste ano no Estado do Rio Grande do Sul. Os problemas incluem a quantidade e qualidade das equipes mobilizadas, os veículos utilizados e o tempo de resposta da concessionária de energia elétrica.
Essas deficiências estão presentes no relatório final da fiscalização divulgado nesta quarta-feira (3) pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs).
No que diz respeito às “Equipes de Atendimento”, a fiscalização aponta que a CEEE Equatorial “não se antecipou na mobilização de equipes e outros recursos com base na evolução das condições climáticas adversas“. Um dia após à tempestade, “a distribuidora ainda não estava operando com sua capacidade máxima de equipes“.
Os fiscais também observaram que a CEEE Equatorial não acompanhou o evento climático em tempo real, baseando suas decisões “apenas em previsões que direcionaram sua atenção para a Região Sul do Estado, enquanto o evento se intensificava principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre“.
Quanto ao número de operadores mobilizados, o documento revela que, ao longo dos 12 dias de falta de energia, “a distribuidora não conseguiu manter uma quantidade constante de equipes“. O pico de atendimento, com 567 equipes, foi alcançado dois dias após a tempestade, em 18 de janeiro. No entanto, no dia 21, o número de equipes já havia diminuído para 486, conforme o relatório da Agergs.
A fiscalização também destacou que a maioria dos profissionais alocados pela CEEE Equatorial não tinha habilitação para lidar com redes energizadas. Além disso, a empresa utilizou principalmente veículos pequenos, que não foram capazes de restabelecer a energia dos consumidores após a tempestade.
Os dados históricos apresentados no relatório mostram que a CEEE Equatorial tem tido dificuldades restabelecer o fornecimento de energia de seus clientes levando cada vez mais tempo para isso.
No final, o relatório da Agergs ressalta que os dados apresentados demonstram a não conformidade da CEEE Equatorial com o contrato de concessão firmado entre o poder público e a empresa, pois a distribuidora não prestou um serviço adequado no fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados por interrupções no fornecimento.