Foto: Agência Brasil
Durante uma coletiva de imprensa da comitiva que acompanha o presidente Lula em sua visita ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (15), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, abordou diversos temas, incluindo os casos de dengue e influenza. No entanto, o destaque ficou por conta da questão da vacinação contra a dengue.
Antes da coletiva, o governador Eduardo Leite fez um apelo à ministra da Saúde para que o Rio Grande do Sul seja incluído na lista de estados prioritários para o envio da vacina contra a dengue. Atualmente, 16 estados e o Distrito Federal estão na lista. Ficaram de fora além do RS, Pará, Amapá, Piauí, Mato Grosso, Rondônia, Ceará, Alagoas, Sergipe e Pernambuco.
Em sua fala, Leite reconheceu o esforço do governo federal para adquirir os imunizantes, porém ressaltou que a quantidade disponível no mercado é baixa, mencionando o decreto de emergência assinado recentemente e o aumento significativo de casos de dengue no estado em 2024.
Quando questionada sobre o assunto, a ministra da Saúde destacou que “mudanças sempre são possíveis”, mas frisou que o envio de vacinas contra a dengue para o RS não é uma decisão tomada apenas em gabinetes ministeriais. Nísia enfatizou que a produção do laboratório Takeda, responsável pela vacina, é limitada.
Ela explicou: “Essa decisão não é tomada apenas em gabinetes ministeriais, ela passa pelo comitê técnico assessor do programa de imunizações e, posteriormente, pelo ministério em conjunto com os conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Mudanças são sempre possíveis, mas é um processo que envolve diversas instâncias.”
Segundo a última atualização do Painel de Casos de Dengue RS, o Estado já conta com 21.592 casos confirmados, além de 21 óbitos, sendo Tenente Portela (4), Santa Rosa (3) e Frederico Westphalen (2) os maiores detentores das mortes.