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Um relatório da Polícia Federal (PF) trouxe à tona uma revelação alarmante sobre as investigações relacionadas ao caso Marielle. Segundo o documento, o delegado Rivaldo Barbosa, que foi detido pelo assassinato da vereadora e de Anderson Gomes, supostamente interferiu em casos envolvendo bicheiros, dificultando o andamento e a solução dos mesmos.
Essa interferência, segundo o relatório, envolvia pagamentos de até R$ 300 mil por caso, além de uma quantia mensal recorrente.
O relatório cita um documento produzido durante a intervenção na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, em 2018, encaminhado aos generais Walter Braga Netto e Richard Fernandez Nunes. Esse documento destacava a atuação de Rivaldo Barbosa e sua suposta participação em crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro enquanto chefiava a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Segundo Orlando Curicica, em depoimento à PF, havia um esquema de pagamento mensal para evitar que a DHC apurasse certos assassinatos ligados à contravenção. Esse “pagamento de mesada” variava os valores entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, com verbas adicionais em casos que deixavam provas ou rastros.
O advogado de Rivaldo Barbosa, Alexandre Dumans, negou as acusações, afirmando que seu cliente não interferiu nas investigações relacionadas às mortes de Marielle e Anderson. Ele destacou que durante a gestão de Barbosa, Ronnie Lessa, um dos suspeitos pelo assassinato de Marielle, foi preso.