Foto: Arquivo Pessoal
A Justiça do Rio Grande do Sul tomou uma decisão nesta sexta-feira (16) envolvendo o cirurgião plástico Leandro Fuchs, que está sob investigação da Polícia Civil por graves lesões corporais em pacientes após problemas em cirurgias. Além de suspender o exercício da medicina, o judiciário proibiu Fuchs de deixar Porto Alegre, sua cidade de residência, e apreendeu seu passaporte.
A Polícia Civil cumpriu ainda hoje mandados de busca e apreensão em propriedades de Fuchs, incluindo sua residência em Porto Alegre, um apartamento em Capão da Canoa, seu consultório médico e o Hospital Ernesto Dornelles.
O Bairrista mais perto de ti, vivente!
Ouça o Notícias na Hora do Mate, o podcast do Bairrista: Clique aqui!
O delegado Cléber Lima, responsável pela investigação, explicou que o objetivo da ação foi coletar documentos e dados relacionados às pacientes vítimas das cirurgias. Ele é suspeito de crimes de lesão corporal grave a gravíssima, sendo que algumas pacientes ficaram com deformidades permanentes decorrentes dos procedimentos.
A investigação busca determinar se os atos foram dolosos ou culposos, dependendo de perícias técnicas e análises de prontuários médicos pelo Instituto-Geral de Perícias.
Até o momento, foram registradas 25 queixas junto à Polícia Civil, além de aproximadamente 20 processos judiciais contra o cirurgião. Mulheres que passaram por procedimentos com Fuchs entre 2020 e 2023 relataram problemas como realização de procedimentos por médicos residentes, falta de atenção durante a recuperação pós-cirúrgica, sangramentos, infecções, mutilações e deformidades.
Através de sua assessoria, Fuchs expressou “respeito ao trabalho das autoridades” e afirmou estar pronto para “prestar os devidos esclarecimentos”.