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Mabel Luiza Leal Vieira, ex-assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre, presa por suposto envolvimento em um esquema de corrupção relacionado à compra de materiais escolares revelou detalhes sobre a fraude. Em seu depoimento à polícia, ela apontou Alexandre Borck, então secretário de Modernização e Gestão de Projetos, como o responsável pela orientação da fraude. As informações foram divulgadas pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI).
Reportagens de junho de 2023 revelaram que materiais didáticos, incluindo Chromebooks e milhares de livros, estavam estocados sem uso em depósitos da secretaria e em escolas, resultando em um custo de quase R$ 100 milhões.
Os advogados de defesa de Borck afirmaram que não há elementos que incriminem seu cliente e consideram as acusações infundadas. Segundo o relato de Mabel à polícia, Borck teria distribuído pendrives contendo informações privilegiadas para direcionar as compras da Smed.
Em outubro do ano passado, áudios gravados por Mabel foram divulgados durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores, nos quais ela detalhava como Borck teria fornecido os pendrives com dados prontos para as licitações. No entanto, duas semanas após a divulgação, Mabel gravou um vídeo negando as gravações, alegando ter sido orientada pela ex-secretária municipal de Educação, Sônia da Rosa, também presa por suspeita de envolvimento no esquema.