Foto: Ricardo Duarte/Inter
A vitória magra do Inter sobre o São José por 1 a 0, em Porto Alegre, no domingo (11), foi ofuscada por confusões que extrapolaram as quatro linhas. Além da conquista dos três pontos, o confronto foi marcado por críticas intensas ao estado do gramado do Estádio Passo D’Areia e pela expulsão do técnico Eduardo Coudet antes do intervalo.
Coudet não poupou palavras ao expressar sua insatisfação com as condições do campo, argumentando que o estado precário do gramado prejudicou a qualidade do jogo.
“Muito difícil ter um espetáculo aqui, muita segunda bola, difícil de jogar. Não gosto de jogar nesse tipo de gramado. Ainda assim, conseguimos um resultado positivo. Mas o não é tudo. Se estivéssemos em um bom gramado, o jogo seria melhor”, disse Eduardo Coudet
A tensão atingiu seu ápice quando Coudet e o técnico do São José, China Balbino, foram expulsos após um desentendimento. O técnico do Inter admitiu ter se excedido e fez questão de pedir desculpas, enfatizando sua preocupação com o impacto negativo de tais atitudes para o futebol.
“Pedir desculpas por perder a razão, por reclamar na frente do banco do rival, me excedi. No momento senti que foi uma jogada muito feia, não para o Inter e sim para o futebol. Quase tomamos gol no lance. Pedi desculpas ao treinador rival, eu não costumo ser desrespeitoso, muito menos com o juiz. É o primeiro cartão vermelho que tomo desde que estou no Brasil. Espero que a Federação (FGF) considere o antecedente se for julgar”, explicou Coudet.
O treinador do São José, China Balbino sustentou sua irritação com a atitude de Coudet ao afirmar ter sido ofendido pelo argentino.
“Vocês não viram alteração para cima de mim antes? Têm as imagens da TV, é só pegar. Ou fica como desequilíbrio é meu. Sempre estive equilibrado e nunca desrespeitei profissional. É muito fácil agora vir pedir desculpas. Sou pai de família e não admito isso”, declarou Balbino.
Com sua ausência confirmada no banco de reservas na próxima rodada, quando o Inter enfrentará o Brasil-Pel no Beira-Rio, Coudet espera que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) leve em consideração seu histórico antes de qualquer julgamento.