Foto: Reprodução
A Polícia Civil de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, realizou a prisão preventiva de uma ex-funcionária de uma escola de educação infantil, acusada de tortura qualificada. Esta ação ocorre após um inquérito que investigou agressões contra crianças com idades entre 6 meses e 3 anos.
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Investigações revelaram vídeos de câmeras de segurança internas da creche que mostraram crianças sendo arrastadas, agredidas com tapas e empurrões. No total, quatro ex-funcionárias foram indiciadas pelo crime de tortura contra as crianças.
Airton Barbosa de Almeida, advogado representando a escola, informou que a instituição interrompeu suas atividades e que a administradora não tinha conhecimento prévio dos incidentes. Segundo Almeida, as quatro funcionárias envolvidas nas agressões foram demitidas após a divulgação das imagens, com uma delas sendo demitida por justa causa imediatamente após a proprietária ter conhecimento do caso.
O caso está sob sigilo, e a polícia não divulgou informações sobre a possível prisão das outras três ex-funcionárias. Os nomes das envolvidas não foram revelados, e a escola permanece fechada.
A denúncia foi feita à Polícia Civil em 1º de novembro de 2023, após um pai descobrir as imagens de agressão durante a manutenção de uma câmera de segurança. Em resposta, a Prefeitura de Caxias do Sul informou que as 34 crianças matriculadas na escola através do sistema de compra de vagas foram transferidas para outras instituições.
Nota da escola
“A administração da escola participou ativamente do inquérito fornecendo documentação, detalhando rotinas, esclarecendo os fatos, identificando os envolvidos, demitiu e afastou funcionárias. Por conta da redução quase total dos alunos, por medidas adotadas pela municipalidade, a escola interrompeu as suas atividades diante da inviabilidade econômica de prosseguir. As conclusões do inquérito e o acesso ao expediente após o encaminhamento ao Poder Judiciário ainda não foram autorizados. O que se pode afirmar sobre o mérito é que a administradora não tinha conhecimento dos fatos até sua divulgação e nunca admitiu práticas ilegais. Caso necessários maiores esclarecimentos estes serão prestados tanto para a autoridade policial, quanto para o MP e poder judiciário, especialmente por envolver menores.”