Defesa da mulher que acusou Daniel Alves de agressão sexual processa mãe e amigos do jogador

Foto: Divulgação/CBF

A defesa da mulher que denunciou Daniel Alves por agressão sexual na Espanha tomou medidas legais contra a mãe e amigos do jogador por exporem dados dela nas redes sociais. O Ministério Público irá analisar o caso, buscando proteger a imagem da denunciante durante o julgamento de Alves, programado para fevereiro.

A denúncia surgiu após Maria Lucia, mãe de Daniel Alves, e seus amigos compartilharem um vídeo de um minuto nas redes sociais, atacando a denunciante. O vídeo exibiu imagens dela em uma festa com amigas meses após o caso. Todos que divulgaram o vídeo sugeriram que suas ações “não condizem com o que ela relatou na denúncia”. É importante lembrar que, na Espanha, é crime divulgar imagens de vítimas de agressão sexual na tentativa de desacreditá-las.

Julgamento

O julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual, está marcado para ocorrer de 5 a 7 de fevereiro. A defesa da vítima está solicitando à Justiça espanhola uma pena de 12 anos de prisão, a pena máxima para esse tipo de crime no país. Eles também buscam uma medida protetiva para manter o jogador afastado da mulher por menos de um quilômetro durante 10 anos após cumprir a pena, além de uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) devido a danos físicos e psicológicos.

Daniel Alves, que está detido desde 20 de janeiro, pode ser submetido a liberdade condicional após cumprir sua pena. A advogada da vítima, Ester García, recusou um acordo proposto pela defesa, argumentando que “qualquer delito contra a liberdade sexual causa danos morais e sequelas irreparáveis”.

Após o término das investigações, as partes envolvidas no caso foram convocadas para um “julgamento oral”, e o Ministério Público solicitou uma pena de nove anos de prisão para o jogador. A solicitação de liberdade provisória feita pela defesa foi negada.