Foto: Reprodução/Redes Sociais
A diretoria do Banrisul tomou a decisão de demitir por justa causa o funcionário, ex-diretor, Gabriel Leal Marchiori, após acusações de assédio moral e sexual feitas por mais de uma dezena de mulheres. A divulgação foi inicialmente divulgada por GZH.
A demissão foi baseada em uma investigação interna realizada pelo banco. Em novembro, o Grupo de Investigação da RBS (GDI) revelou as suspeitas em relação ao funcionário e as histórias de mulheres que já haviam procurado o Ministério Público do Trabalho (MPT) para relatar situações de constrangimento vividas com Marchiori, que era diretor da Banrisul S.A Administradora de Consórcios.
A denúncia inicial partiu de uma estagiária que relatou um suposto abuso sexual ocorrido na sala do então diretor. Esse relato desencadeou uma série de depoimentos subsequentes. As histórias detalhavam investidas com conotação sexual, convites para sair, solicitações de fotos do corpo, instruções sobre como se vestir no trabalho, toques inapropriados e casos de humilhação para quem não seguia suas orientações.
Marchiori ocupava um cargo de alto escalão na Administradora de Consórcios, mas não na direção do banco. Ele foi destituído de suas funções em 10 de novembro, cerca de um mês após a estagiária ter registrado a denúncia no canal de denúncias da instituição.
Na época, ele estava cedido à Administradora de Consórcios, uma das empresas controladas pelo Grupo Banrisul, e acabou retornando ao quadro do banco, sem função de gratificação. Em novembro, Marchiori apresentou um atestado médico para se afastar do trabalho por 90 dias, e permanece afastado desde então.
Segundo o GDI, a decisão de demissão considerou a comprovação de episódios de assédio moral e sexual. Além das denúncias iniciais envolvendo um grupo de 13 mulheres que procuraram inicialmente o MPT, o banco recebeu novas alegações relacionadas ao comportamento inadequado de Marchiori.