Foto: Divulgação/Tribunal de Justiça-RS
Dionatha Bitencourt Vidaletti foi condenado a 35 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato de três membros de uma família em janeiro de 2020, no bairro Lami, em Porto Alegre.
O julgamento, que durou dois dias no Foro Central, resultou na decisão do Conselho de Sentença, composto por sete mulheres, de condenar Vidaletti pelos homicídios e porte de arma. Neuza Regina Bitencourt Vidaletti, mãe de Dionatha, foi sentenciada a dois anos de reclusão por disparo de arma de fogo, com a pena substituída por serviços comunitários e prestação pecuniária.
As qualificadoras do crime, incluindo motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas, foram aceitas pelos jurados. Vidaletti, que já cumpriu quase quatro anos de detenção preventiva, terá o restante da pena reduzido de acordo com a progressão de regime.
Durante o julgamento, a promotora Lúcia Helena Callegari expressou satisfação com o veredicto, afirmando que “a justiça foi feita”. O promotor Julio Melo ressaltou que, apesar da decisão não trazer as vítimas de volta, ela serve de consolo aos familiares e amigos, reafirmando que a sociedade de Porto Alegre não tolera tais atos.
Apesar da condenação, o Ministério Público do Estado (MP) planeja recorrer, buscando um aumento da pena. A promotora Lúcia Helena argumenta que a sentença não reflete adequadamente o valor da vida das três vítimas e que a decisão dos jurados sobre a conduta da vítima não foi completamente considerada.
O crime, ocorrido em janeiro de 2020, envolveu a perseguição de uma família por Vidaletti e sua mãe após um acidente de trânsito. Durante uma discussão, Dionatha atirou e matou Rafael Zanetti Silva, sua esposa Fabiana da Silveira Innocente Silva e o filho Gabriel. O caso teve grande repercussão em Porto Alegre.