Foto: arquivo Secom/UFRGS
O Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aprovou a destituição do reitor Carlos André Bulhões Mendes e da vice-reitora Patrícia Pranke. A decisão foi tomada por 60 dos 77 membros do Consun, com 2 votos contrários e 3 abstenções, enquanto 12 conselheiros não estiveram presentes.
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Essa decisão foi anunciada no início da tarde desta sexta-feira (1), após uma votação que analisou o pedido de impeachment da dupla. No entanto, a efetivação dessa destituição depende de uma avaliação pelo Ministério da Educação (MEC), cujo prazo para a resposta é indeterminado.
A reunião do Consun considerou um relatório de uma comissão especial, que apontou evidências suficientes para justificar a destituição da gestão, que havia sido nomeada em 2020.
Entenda
O pedido de destituição da atual gestão foi assinado por 39 docentes da UFRGS e apresentado ao Consun em março deste ano. A comissão especial foi formada para analisar os argumentos que embasaram o pedido, incluindo alegações de ações e omissões que prejudicaram o funcionamento da universidade e posturas anticientíficas da reitoria.
Reitor e vice foram nomeados em 2020, mesmo ficando em terceiro lugar na lista tríplice nas eleições do ano. A chapa foi nomeada pelo então presidente Jair Bolsonaro, que tinha a prerrogativa de escolher entre os três mais votados. Esta é a segunda vez que enfrentam um pedido de destituição, sendo que em 2021 o Consun já havia solicitado a destituição após uma reforma administrativa promovida pelo reitor, que havia sido anteriormente vetada pelo órgão deliberativo. Em dezembro do mesmo ano, o MEC arquivou o pedido.
