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Nos últimos dias, um caso envolvendo uma mensagem de teor racista enviada a uma pastelaria em Campo Bom, no Vale do Sinos, chamou a atenção das autoridades. O proprietário da pastelaria registrou uma ocorrência alegando ter sido vítima de racismo. No entanto, após uma investigação, a Polícia Civil concluiu, nesta sexta-feira (17), que o próprio indivíduo, conhecido como Cunha, criou um perfil falso para enviar a mensagem ao seu próprio estabelecimento.
Ao Correio do Povo, o delegado Rodrigo Câmara explicou que, após um minucioso trabalho investigativo que incluiu a análise e o cruzamento de dados, os policiais civis constataram que a própria vítima teria sido a autora da mensagem, que continha conteúdo ofensivo, discriminatório e preconceituoso.
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Após o registro da ocorrência, o proprietário da pastelaria foi novamente chamado para prestar depoimento. Quando confrontado pelos policiais com as evidências obtidas, ele teria admitido ter criado a conta no aplicativo do iFood e enviado o pedido com a observação discriminatória.
O homem será indiciado pelo crime de falsa comunicação de crime, conforme previsto no Código Penal. O inquérito policial será encaminhado ao Poder Judiciário nos próximos dias.
Para entender o caso: Na última terça-feira (14), o proprietário da pastelaria registrou uma ocorrência na Polícia Civil após receber uma mensagem racista em um pedido feito por meio de um aplicativo. A mensagem dizia: “Última vez veio um motoboy negro, peço a gentileza que mande um branco. Não gosto de gente assim encostando na minha comida”. O proprietário, Gabriel Fernandes da Cunha, alegou que a mensagem era dirigida a ele, uma vez que ele era o único membro negro da equipe. No entanto, o desfecho da investigação o colocou como indiciado no caso.